domingo, 30 de junho de 2013

Das viagens...

Esta coisa de saber que se vai de viagem é boa. Saber que é preciso preparar, escolher, decidir, é daquelas coisas que me deixam um nervoso miudinho no coração e na alma. Adoro viajar, comecei por passeios quando era mais pequena mas mais recentemente ganhei asas e decidi que queria era viajar para fora. Mas que bom! Começo logo por fazer listas do que é preciso enfiar na mochila, a compra do guia de viagem, pesquisar na net e decidir aquilo que quero realmente ver. Fico com o coração aos pulos. Gosto de ver novas paisagens, novos mundos, novas cidades, misturar-me com a população, experimentar, rir, andar até me fartar e "exigir" massagens nos pés. Lembro-me de algumas cenas: a 1ª vez que andei de avião e não parei de pensar que o aparelho ia cair comigo lá dentro, a vez em que dormi numa camarata com mais 9 pessoas e me escapuli a meio da noite para a cama de cima para dormir acompanhada, a vez que dormi num quarto com cheiro a mofo e tivemos que abrir a janela e no dia seguinte alguém estava constipado, a vez que os rastamen não queriam devolver o dinheiro da caução, a vez que caí "contigo" na Praça Dam quando uma senhora chinesa fez questão de nos tirar uma fotografia, a vez em que vi um pedido de casamento no topo da Torre Eiffell e achei lindo e me fez desejar a mesma coisa, a vez em que me sentei em todas as cadeiras do sr. Gaudi na Casa Batló, a 1ª vez que vi "As Meninas" de Velasquez e me vieram as lágrimas aos olhos, a vez que fiquei à conversa em pleno Parque del Retiro no Jardim das Rosas. A vez que perdi o voo e fiquei mais zangada que nunca. Aquela vez que abri os olhos e vi à minha frente a Sagrada Família. Aquela vez em frente ao Museu Van Gogh e fiquei com o maior medo do mundo. Ou a vez em que atravessámos o rio à borla e ficámos com receio que nos viessem cobrar bilhete e chegámos à conclusão que era sempre gratuito.
Todas estas vezes me deixam um quentinho no coração e me faz querer mais. Detesto o peso da mochila nas minhas costas mas sempre que isso acontece sinto a alma tão cheia que não me arrependo de nada. Quero mais.

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