As câmaras, holofotes, microfones, filmagens em tempo real, revistas, jornais e telejornais após 5 minutos da edição já estão desactualizadas já que há novidades a cada minuto:
- Kate está a passear
- Kate está com dores de barriga
- Kate pensa que foi alguma coisa que comeu
- Kate está com dores ainda mais fortes
- Kate lembra-se que está grávida
- Kate pensa que está na hora do bebé nascer
- Kate entra em trabalho de parto
- Kate entra no Hospital
- Kate fala com médicos e enfermeiros
- Kate deita-se na cama hospitalar
- Kate continua em trabalho de parto
- Kate continua em trabalho de parto
- Kate continua em trabalho de parto (não é engano, isto foi um acontecimento que durou desde que entrei ao trabalho até à saida)
- Kate dá à luz um bebé...sim, um bebé (foi melhor repetir porque o nascimento de um bebé por aqueles lados deve ser raro, então é para ter a certeza que é um bebé a sério... vá.... real).
Este mediatismo todo não pode ser só porque é um bebé da realeza, não faz sentido. Ainda há muitas monarquias e não é esta palhaçada toda. Aliás, nascem bebés aos pontapés por esse mundo fora (por isso, é que estamos com quase 7 biliões de pessoas, só para o caso de ainda não terem percebido) e ninguém liga.
Sempre pensei que fosse uma coisa normal "O nascer de bebés". Até ao dia de ontem.
Eu tenho cá para mim que isto tudo se deve ao facto da crise da Europa já ter chegado a Inglaterra e não ser apenas económica, política e social. A crise também chegou aos bebés, ou seja, aposto que este bebé é o primeiro em muitos anos e deve ser a primeira vez que estas últimas gerações vêm um recém-nascido.
Vai-se a ver e até viajam pouco para fora do país. Pronto, vamos nós, "tugas", com o pouco dinheiro que recebemos, fazer uma vaquinha para os "bifes" cá virem ver bebés à Maternidade Alfredo da Costa... enquanto não fecha as portas de vez.
Ilustração de Chappatte, Suíça |
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