Passaram quase 15 anos quando voltas às tuas origens, voltas às terras onde passaste a tua infância, onde escanaste e cascaste milho, semeaste, arrancaste e apanhaste batatas, onde ajudaste a podar videiras, onde apanhaste morangos, laranjas, pêras, cerejas e sentavas-te no chão e comias na boa.
Onde tinhas a poça com libelinhas, pontes de pedra, rãs, vagens, feijões, abóboras, favas. Os poços e os motores, a carroça e a burra, o cheirinho a estrume e a resina.
E é triste ver que é quase tudo mato, caminhos quase mal amanhados, silvas por todo os lado (o que não é mau de todo... sempre temos as amoras), quase mal vês a poça com algumas libelinhas, não há ponte, não há rãs, poço escondido.
Parece que tudo o que viveste não passou de um sonho.
Restam-me as amoras e a pereira para me lembrar das boas memórias.
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